Os ataques de pânico são experiências aterradoras. Tudo parece normal, até que de repente o coração acelera, a respiração torna-se difícil e uma sensação esmagadora de medo ou desconforto toma conta de ti. Pode sentir que está a perder o controlo ou até a acreditar que algo muito grave está a acontecer, como um ataque cardíaco. A pergunta que fica depois de viver esta experiência é inevitável: “O que está a causar os meus ataques de pânico?”
Se já se questionou sobre a causa dos seus ataques de pânico, mas ainda não tem uma resposta clara, este artigo é para si. Vamos explorar a causa mais comum dos ataques de pânico, como eles se desenvolvem ao longo do tempo, e os primeiros passos que pode dar para começar a controlá-los.
Um ataque de pânico é um episódio súbito de medo extremo ou desconforto físico, que atinge o seu pico em poucos minutos. Os ataques de pânico podem surgir sem aviso e, para muitas pessoas, sem uma razão aparente. Os sintomas mais comuns incluem:
Estes episódios são intensos e assustadores, mas é importante lembrar que, apesar dos sintomas físicos, os ataques de pânico não representam um perigo real à sua saúde física. Contudo, o impacto emocional pode ser profundo e debilitante, especialmente porque o medo de um novo ataque pode dominar a sua vida.
A origem dos ataques de pânico está, muitas vezes, relacionada com a experiência de um primeiro episódio de pânico intenso, que criou um medo traumático. Este primeiro ataque, muitas vezes inesperado, desencadeia uma sensação extrema de perigo iminente, como se estivesses à beira da morte. Durante esse primeiro evento, o teu corpo e mente associaram a experiência a uma ameaça de vida, criando uma ligação entre os sintomas físicos do pânico (como batimentos acelerados e falta de ar) e o medo de morrer.
Após este primeiro ataque, o seu cérebro fica hipervigilante, a tentar proteger-lo de uma situação semelhante. O resultado? Começas a viver num estado de medo constante de um novo ataque, que, por sua vez, acaba por desencadear novos episódios de pânico. Este ciclo vicioso entre o medo e os sintomas físicos torna-se uma armadilha difícil de quebrar.
Embora o medo traumático do primeiro ataque de pânico seja a principal causa, há também outros fatores que podem contribuir para a sua recorrência. Estes fatores geralmente não causam diretamente os ataques, mas ajudam a alimentar o ciclo do pânico:
O stress crónico pode enfraquecer a capacidade do corpo de lidar com a ansiedade, aumentando o risco de ataques de pânico. Situações de pressão prolongada, seja no trabalho, nas relações ou em situações financeiras, podem criar uma sensação constante de tensão que deixa o corpo mais vulnerável a episódios de pânico.
As emoções reprimidas, como a raiva, tristeza ou frustração, podem criar uma tensão interna que contribui para o aumento da ansiedade. Muitas vezes, sem te aperceberes, o teu corpo pode estar a reagir a emoções não processadas, levando a uma manifestação física de pânico. Estes sentimentos escondidos amplificam a resposta de medo do corpo.
Depois de experimentar um ataque de pânico, muitas pessoas tornam-se extremamente sensíveis às mudanças físicas no corpo. Algo tão simples como sentir o coração bater um pouco mais depressa, ou uma sensação de tontura leve, pode ser interpretado como o início de outro ataque de pânico. Esta hipervigilância mantém o ciclo de ansiedade e pânico em funcionamento.
A boa notícia é que, apesar de os ataques de pânico serem assustadores, existem formas de controlá-los e de recuperar o equilíbrio. Os primeiros passos incluem compreender melhor o que está a acontecer no seu corpo e procurar o apoio certo. Aqui estão algumas estratégias iniciais que pode considerar:
Embora os sintomas de um ataque de pânico possam ser extremamente desconfortáveis, é importante lembrar que não está em perigo real. O seu corpo está a reagir de forma exagerada a um medo que já passou. Relembra-lo que vai ficar bem pode ajudar a reduzir a intensidade do ataque.
Os ataques de pânico tendem a provocar uma respiração rápida e superficial, o que agrava os sintomas físicos. Praticar respiração profunda e controlada pode ajudar a acalmar o sistema nervoso e a reduzir a sensação de sufoco. Tente inspirar lentamente pelo nariz durante 4 segundos, reter a respiração por 2 segundos, e depois expirar pela boca por 6 segundos.
Superar os ataques de pânico por conta própria pode ser muito difícil, especialmente quando o medo do primeiro evento traumático está tão enraizado. A Psicoterapia HBM é uma abordagem eficaz para lidar com ataques de pânico, pois foca-se nas emoções reprimidas e nos padrões de pensamento que alimentam o ciclo de pânico. Com a ajuda da terapia, é possível desbloquear as emoções que estão na raiz do problema e trabalhar na recuperação a longo prazo.
Praticar mindfulness e outras técnicas de relaxamento pode ajudar-te a estar mais presente e a reduzir a tendência de te focares nos teus medos futuros. O mindfulness ajuda a quebrar o ciclo de ansiedade, centrando-te no momento presente e acalmando a mente.
Se vive com ataques de pânico e se sentes preso no ciclo de medo e ansiedade, é importante lembrar-se de que não está sozinho e que há soluções disponíveis. Compreender que os ataques de pânico são consequência do primeiro episódio traumático e procurar formas de lidar com esse medo é o primeiro passo para retomar o control da sua vida.
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