Ataques de Pânico: "equiparável à sensação de morte iminente" | Correio da Manhã
Correio da Manhã | Jornal
O que são Ataques de Pânico?
Os Ataques de Pânico são uma perturbação psicológica marcada por um estado de ansiedade extrema, acompanhado de sintomas físicos tão intensos que a pessoa sente uma sensação real de morte iminente.
A primeira vez que ocorre, o ataque surge de forma súbita e sem uma causa aparente. No entanto, o verdadeiro problema não está apenas no ataque inicial, mas sim na forma como ele é interpretado pela pessoa. O medo de voltar a sentir os mesmos sintomas cria um ciclo de ansiedade, gerando um estado de “medo do medo”.
Este medo constante de uma nova crise faz com que a pessoa fique em estado de alerta permanente, amplificando ainda mais a ansiedade e tornando os ataques de pânico aparentemente incontroláveis.
Quais são os sintomas?
Os sintomas dos Ataques de Pânico podem ser variados, mas são frequentemente confundidos com os de um ataque cardíaco, o que aumenta ainda mais o medo e a sensação de desespero.
Os sintomas mais comuns incluem:
✔️ Taquicardia (batimentos cardíacos acelerados)
✔️ Hipersudorese (suor excessivo)
✔️ Falta de ar ou sensação de sufoco
✔️ Tonturas e sensação de desmaio
✔️ Tremores e arrepios
✔️ Aperto no peito e desconforto torácico
✔️ Sintomas gastrointestinais, como dores de barriga, náuseas e vómitos
✔️ Sensação de despersonalização, em que a pessoa sente que está fora do próprio corpo
Esta experiência pode ser tão intensa que a pessoa entra num estado de alerta permanente, sempre com receio de voltar a sentir os mesmos sintomas. Esse medo perpetua o ciclo da ansiedade, fazendo com que os Ataques de Pânico pareçam incontroláveis.
Os sintomas manifestam-se sempre da mesma maneira?
Os Ataques de Pânico podem manifestar-se de formas diferentes em cada pessoa, mas há um fator comum a todos: a intensidade avassaladora dos sintomas.
O medo que se instala durante um ataque de pânico é tão intenso que muitas pessoas sentem que estão a morrer. A sensação de perda de controlo sobre o próprio corpo e a mente torna-se insuportável, levando muitas pessoas a recorrer a hospitais e serviços de urgência, convencidas de que estão a ter um problema grave de saúde, como um ataque cardíaco.
A grande dificuldade dos Ataques de Pânico está no facto de serem imprevisíveis e parecerem incontroláveis, criando um estado de ansiedade permanente, onde o medo de voltar a senti-los alimenta o ciclo da perturbação.
As pessoas têm facilidade em falar deste "problema" e pedir ajuda?
Os Ataques de Pânico continuam a ser rodeados por um forte estigma, o que faz com que muitas pessoas tenham dificuldade em pedir ajuda. A falta de informação sobre o tema leva a que muitas não consigam reconhecer os sintomas, interpretando-os como sinais de fraqueza ou algo que deveriam ser capazes de controlar sozinhas.
Este desconhecimento contribui para um ciclo de sofrimento silencioso, onde o medo e a vergonha impedem a procura de um acompanhamento adequado.
Contudo, o paradigma está a mudar. Atualmente, fala-se cada vez mais sobre saúde mental, e a informação sobre os Ataques de Pânico está mais acessível. Com esta maior consciencialização, muitas pessoas percebem que não estão sozinhas, que há outros a passar pelo mesmo e que existem soluções eficazes para superar este problema.
A partilha de conhecimento e a desmistificação dos Ataques de Pânico são essenciais para que mais pessoas reconheçam os seus sintomas, percam o medo de pedir ajuda e encontrem um caminho para recuperar o bem-estar emocional.
Qual o tratamento mais indicado para os Ataques de Pânico?
Existem diferentes formas de abordar os Ataques de Pânico, mas, infelizmente, a mais comum continua a ser a toma de medicação. Isto acontece porque, à primeira vista, a medicação parece ser a solução mais rápida, fácil e acessível.
É importante reconhecer que a medicação pode ter um papel útil, especialmente no alívio imediato dos sintomas de ansiedade. No entanto, não trata a causa do problema. O que acontece é que os sintomas ficam adormecidos, mas o medo e a origem emocional dos Ataques de Pânico continuam lá, prontos para ressurgir sempre que a medicação for interrompida.
Por outro lado, a Psicoterapia HBM oferece uma abordagem eficaz e duradoura. Este modelo terapêutico utiliza técnicas específicas para identificar e atuar diretamente na raiz do problema, permitindo que a pessoa aprenda a gerir as suas emoções e a eliminar o ciclo dos Ataques de Pânico.
Apesar de exigir mais tempo e empenho, tanto do terapeuta como do paciente, este método proporciona uma verdadeira libertação. Em vez de apenas controlar os sintomas, a Psicoterapia HBM ensina a pessoa a compreender, ressignificar e transformar a sua resposta emocional, garantindo que os Ataques de Pânico não voltem a dominar a sua vida.
O caminho pode ser mais exigente, mas os resultados são reais e duradouros.
Ebook
"Guia Completo para Tratar os Ataques de Pânico"
