A importância de não nos isolarmos
Caminhar sozinho pode até ser mais rápido, mas juntos vivemos melhor!
A dor emocional é uma parte inerente da experiência humana, é uma resposta natural a várias situações, desafios e mudanças que enfrentamos. Aprender a lidar com ela de uma forma saudável e construtiva é essencial para o crescimento pessoal e bem-estar emocional. Reconhecer, aceitar e processar essas emoções é parte fundamental de um caminho mais resiliente.
Quando atravessamos períodos mais difíceis, em que animicamente vamos mais abaixo, é natural um tempo de recolhimento para analisar e refletir sobre a nossa condição emocional. No entanto, não convém que seja um isolamento prolongado, de forma a não agravar o estado em que nos encontramos pela sensação de solidão e desamparo a que o isolamento remete.
Ter connosco pessoas que se importam, que ouçam as nossas partilhas, entendam e confortem faz a diferença no estado emocional. A perspetiva externa do nosso problema pode também ajudar-nos a compreender o nosso sofrimento com maior distância sobre nós mesmo, a redimensionar a nossa situação de dor. Partilhar o tempo com outras pessoas em distrações saudáveis ajuda também a um alívio temporário dos problemas, proporcionando momentos de alegria e descontração.
A base da natureza humana é a interação e a conexão com outros seres humanos. As relações moldam as nossas experiências individuais, mas também a sociedade como um todo. A interação social fornece um senso de pertencimento fundamental para a saúde mental. Estar perto de pessoas que nos apoiem pode também reduzir os níveis de stress a que se está sujeito numa vida comum.
O equilíbrio emocional não depende apenas de relacionamentos, mas eles desempenham um papel significativo. Ter uma rede de apoio forte e relações saudáveis pode contribuir de maneira substancial para a saúde mental e emocional de cada um de nós. Pelo que não nos isolarmos não deverá ser apenas uma preocupação quando estamos em baixo, mas uma disciplina que deveremos ter para não ficarmos perdidos em nós.