Baixa autoestima em crianças e adolescentes: como identificar?
A autoestima está relacionada com a imagem que o jovem tem sobre si. É construída a partir de aspetos tanto físicos, como psicológicos.
No processo de crescimento, é muito importante que a autoestima se mantenha positiva e estável para que construa uma identidade forte e adquira a sua autonomia, tornando-se num adulto feliz e confiante.
Um jovem com baixa autoestima tem um maior risco psicológico de Depressão, de desenvolvimento de problemas de Ansiedade, de Bullying e desintegração social, de dificuldades no desempenho escolar, e uma maior vulnerabilidade para os vícios e os comportamentos de risco, como é o caso, por exemplo, do consumo de substâncias como o álcool ou o tabaco.
Nas suas atividades de vida habituais, as crianças e os adolescentes revelam sinais e sintomas manifestamente distintos daqueles que habitualmente os caracterizam e distinguem, sendo possível os cuidadores perceberem, de forma clara, que existe um “antes e depois”.
Sinais de alerta nas crianças e jovens para os quais deve pedir ajuda profissional:
- Baixo rendimento escolar;
- Irrita-se com facilidade;
- Está agressivo e revoltado;
- Critica-se e julga-se com pessimismo;
- Tem mudanças repentinas de humor e crises de choro ou de raiva;
- Revela cansaço, insatisfação e insegurança;
- Desiste perante tarefas mais complexas ou trabalhosas;
- Acha que só os outros conseguem;
- Culpa os outros pelos próprios erros;
- Opta por não interagir com os colegas;
- Tem uma visão negativa dos outros;
- Isola-se e sente falta de ânimo, motivação e concentração;
- Não gosta do seu aspeto físico, como o peso e a imagem, manifestando desagrado por partes específicas, como as pernas ou a barriga;
- Não se acha tão bonito ou atraente quando se compara com os outros;
- Inferioriza-se, não se acha suficientemente esperto ou capaz;
- Sente-se incompreendido, abandonado ou rejeitado;
- Queixas somáticas, como dores de cabeça ou dores de barriga e alterações no sono ou no apetite.
A baixa autoestima comprometida nos primeiros anos de vida, assume reflexos negativos na vida adulta. O jovem que se torna adulto acaba por criar estratégias e mecanismos de defesa que o impedem de se expor a situações que lhe causem desconforto, que interfira com a sua autoimagem e autoconceito, como por exemplo não iniciar atividades novas, não se expor em público, não dar a sua opinião, nem tomar decisões.
A Psicoterapia com crianças e adolescentes é a intervenção mais adequada para prevenir e resolver estas dificuldades nas famílias.